"A EDUCAÇÃO É UM ASSUNTO SÉRIO, MAS QUEM DISSE QUE NÃO SE APRENDE A BRINCAR?"

23-04-2010 10:27

Hora do Jogo

"Come a sopa", "está na hora de deitar", " toca a despachar que já estamos atrasados"...Se repete estas palavras vezes sem conta e não vê surtir o efeito desejado talvez esteja na altura de mudar de adoragem. Ajudar a criança  a interiorizar e cumpriri as regras é a missão "Vamos jogar!", o mais recente livro de Eduard EStivill, pediatra, e Yolanda Sáenz de Tejada, escritora. Nas suas páginas encontrará para cada situação quotidiana, uma actividade lúdica que, na opinião do autor: "é uma maneira agradável e divertida de incutir bons hábitos. Dá prazer aos pais e ao filhos". ENTRE NA BRINCADEIRA!

 

 

Qual a impotância da brincadeira no desenvolvimento da criança?

A criança precisa basicamente de distracção e actividade. Os jogos permitem exercitar estas duas caracteíristicas da sua personalidade.

E os pais também aprendem?

Evidentemente. Graças ao afecto recebem recompensas de comunicação. A criança sente-se mais segura e, por sua vez, os pais sentem-se mais felizes ao verem como vai aprendendo bons hábitos, mesmo sem se dar conta.

Que jogos infantis são mais indicados?

Normalmente todos os jogos têm uma componente educativa. Seja aprender a partilhar e, o mais importante, aprender a perder. A criança deve aprender que nem sempre ganha e que, para conseguir as coisas, é preciso lutar e fazê-las muito bem. 
Educar na frustração é uma forma adequada de ensinar. Isto pode ser dífícil no início, mas com paciência, conseguimos incuti-lo aos nossos filhos.

Actalmente, muito pais são acusados de ter uma relação demasiado cúmplice com os filhos, em que os papeís de adulto e criança não se distinguem. Concorda?

Estou totalmente de acordo. Hoje em dia, os pais, devidamente ao pouco tempo que têm, tendem a superproteger os filhos, esquecendo-se um pouco de impor limites e regras. Isso é compreensível, mas devem fazer um esforço para entender que o importante para a criança é ter umas boas rotinas e uns bons hábitos.

O jogo pode pôr em risco a autoridade e a educação?

É totalmente o contrário. Não há riscos nos jogos. É a forma mais didáctica de ensinar os nossos filhos.

O que diria aos pais que têm pouco tempo livre?

O importante não é a quantidade de tempo, mas a qualidade. É melhor passar 20 minutos a brincar como os filhos do que uma hora a ver telivisão sem comunicarem.
Os pais devem fazer um pequeno esforço, mesmo que cheguem cansados a casa. Os filhos irão agradecer-lhes e crecer melhor, sobretudo psicologicamenre.
São os pais que fazem os filhos seguros e isto prepara-os para a adpatação à sociedade, onde nem sempre há felicidade e bem-estar.

 

 

Jogo da merenda

Objectivo: Motivar a criança a tomar lanche que levapara a escola. Indicado a partir dos seis anos (desde que saiba ler).

1. Escreva uma adivinha ou algo divertido e coloque o papel no saco da merenda do seu filho, juntamente com uma supresa (desenho ou recordação infantil). Antes de sair, lembre-o de comer a merenda oude ver a supresa que vai no sacp.
2. De regresso a casa, comente o jogo com o seu filho: se descobriu a solução para a adivinharem, de que mais gostou, por exemplo.
3. Faça o jogo duas a três vezes por semana e vá reduzindo a frequência. Incentive o seu filho a desafiar os amigos a adivinhar o que está dentro do saco.

 

 

Vamos escolher a roupa

Objectivo: Desenvolver o gosto estético e evitar "guerras" ou atrasos na hora de vestir. Indicado a partir dos três anos.

1. Crie uma frase mágica e faça um pacto com a criança: ela escolherá uma peça de roupa e você as restantes.
2. Uma vez escolhida a peça, a criança deve sair do quarto, mas antes tem de dizer a frase mágica, enquanto une as palmas das mãos com as suas.
3. Como prémio diga-lhe que, em determinado dia da semana, ela poderá inventar uma nova frase mágica. Nunca se esqueça de elogiar o look (mesmo que tenha de conter o riso).

 

 

Este artigo foi retirado da revista mensal "Saber Viver" de Abril de 2010.

 

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