“A criação artística torna-se uma abertura capaz de conduzir até à compreensão da mente infantil, tanto quanto as diversas formas de exploração do mundo interior”.
Adap. Souza, 2005
“Antes eu desenhava como Rafael, mas eu precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças”
Pablo Picasso
O “esquema” é o conceito que a criança apreende. Ela irá repetir incessantemente até existir uma experiência intencional que a modifique. Contudo, não é uma repetição estereotipada.
Em adição, não se encontram dois esquemas iguais – diferenças de personalidade da criança e de grau de activação do professor do conhecimento passivo da criança.
Se as partes do esquema são separadas do todo, perdem o seu significado.
Ilustração 11 |
O esquema humano surge após experimentações. A criança mostra símbolos que retratam as diversas partes do corpo (boca, nariz), segundo os seus conceitos activos dessas partes, a roupa pode ser desenhada em lugar do corpo.
A criança pinta desenhos com “visão raio X” – mostra o interior dos objectos, ou seja, mistura conceitos de “dentro” e “fora” e é mais objectiva e definida na representação espacial.
A criança descobre naturalmente a afinidade entre cor e objecto. Uma cor definida para um objecto, e sua constante repetição são reflexo da intelectualidade e descoberta das crianças. Isto leva a criança a desenvolver a sua própria relação com a cor.
A criança deve usar qualquer material de arte facilitando a auto-expressão infantil e não constituir um obstáculo. Todos os materiais são adequados, desde que supervisionados.
O professor tem de ter em atenção o método de trabalho da criança.
Para o método de trabalho com materiais, a criança:
“A arte infantil, e sobretudo o desenho, pode ser um tradutor da evolução das aptidões intelectuais, perceptivas e motoras”.
Cardoso & Valsassina, 1988, cit. Costa, 1996
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