Uma história de amor - A Dama e o Vagabundo

09-02-2010 15:28

 A Dama  e o Vagabundo

 

    Há muitos anos, num dia de neve, Querido e Querida festejavam o seu primeiro Natal juntos, pois tinham acabado de casar.

    - Que será isto, Jaime?

    - Abre e verás!

    Linda abriu a caixa e um maravilhoso cocker saiu lá de dentro.

    - Que bonito que ele é! - exclamou Querida.

    - Que bonita que ela é! - rectificou Querido.

    - É uma cadelinha e chama-se Dama.

    Como ainda não tinham filhos, Dama transformou-se na menina lá de casa.

    Querida e Querido eram muito felizes com Dama. Eles cuidavam dela e ela deles, afugentando os perigos que rondavam por ali e cuidando da casa. Quando Dama fez seis meses, e como prémio pelo seu bom comportamento, ofereceram-lhe uma coleira com uma placa de ouro com o seu nome gravado. Dama sentiu-se orgulhosa.

    Dama tinha bons amigos na vizinhança: Joca, um terrier escocês, e Truta, um velho cão de caça, que tinha sido polícia. Ambos gostavam muito de Dama e conheciam-na desde pequena. Naquela manhã, Dama estava trsite. Querido e Querida já não se preocupavam tanto com ela e falavam de um "feliz acontecimento".

    - É o pior que te poderia acontecer, minha linda! - disse-lhe um cão que apareceu ali, de repente. Era Vagabundo, um cão vadio. - A tua dona vai ter um bebé.

    Mas Dama não deu ouvidos ao rafeiro.

    E a vida continuou. Pouco tempo depois, nasceu o bebé. Joca e Truta tinham convencido Dama a não se preocupar. Quando Dama viu o bebé, pensou: "Vamos divertir-nos muito quando cresceres!". Mas, um dia, Querida e Querido resolveram ir de férias. Para tomar conta do bebé, da casa e de Dama, mandaram vir a tia Sara, uma mulher alta e forte, que trouxe consigo dois terríveis gatos siameses.

    Os dois gatos eram muito maus. No mesmo instante em que a tia Sara saiu da sala, começaram a arranhar os móveis e as cortinas, e tentaram comer o peixinho e o canário. Para alertar a tia, Dama começou a ladrar. Quando a tia Sara chegou, os gatos deitaram as culpas para cima de Dama. Furiosa, a tia Sara castigou-a e pôs-lhe um açaime para ela não ladrar. Assustada, Dama libertou-se da trela que a prendia e fugiu.

    Na sua fuga, Dama correu perigo, mas, milagrosamente, Vagabundo, o cão que ela antes menosprezara, salvou-a.

    Depois, levou-a ao Jardim Zoológico e pediu ao seu amigo castor para cortar as correias do açaime. Vagabundo foi muito amável com ela e convidou-a a jantar no restaurante de Tony. Foi ali que se apaixonaram.

    Na manhã seguinte, Vagabundo levou Dama até um galinheiro onde poderiam comer ovos frescos.

    - Vem, boneca - disse-lhe Vagabundo. - Vamos praticar o meu desporto favorito.

    Infelizmente, o agricultor descobriu-os. Vagabundo conseguiu fugir sem se aperceber de que Dama tinha sido apanhada pelos homens da corroça do canil. Estes fecharam-na numa jaula onde havia cães de todas as raças.

    Na carroça, Dama conheceu outros cães sem lar, que lhe cantaram uma canção para que ela se sentisse menos triste.

    - Não te preocupes - disseram-lhe -, uma cadela fina como tu não fica muito tempo no canil.

    E assim foi. A tia Sara foi lá buscá-la mas, quando regressaram a casa, em vez de a deixar entrar, prendeu-a à casota, no jardim. Como Dama pensava que Vagabundo a tinha abandonado, ao vê-lo novamente disse-lhe para se ir embora.

    Dama ficou muito triste. Quando anoiteceu, viu uma grande ratazana deslizar até à mansão. A ratazana saltou por uma janela para o quarto do bebé. Dama tentou detê-la, mas a corrente impediu-a. Nesse momento, apareceu Vagabundo.

    - Socorro! - gritou Dama. - Uma ratazana entrou no quarto do bebé!

    Vagabundo saltou atrás da ratazana e conseguiu desfazer-se dela depois de uma luta feroz. Dama conseguiu soltar-se e entrou no quarto. Ao vê-los, a tia Sara pensou que Vagabundo tentara atacar o bebé e chamou os empregados do canil municipal, que o levaram.

    Como não viram o corpo da ratazana morta, ninguém se apercebeu do que, na realidade, se passara. Dama estava desesperada. Então, ouviu as vozes de Querida e Querido que já tinham chegado a casa. Por sinais, deu-lhes a entender a verdade.

    Joca e Truta também se aperceberam do sucedido e não estavam dispostos a deixar que levassem Vagabundo daquela maneira. Assustando os cavalos, obrigaram a carroça a vira-se. Ao ver a carroça tombada, Dama ficou mais tranquila porque Vagabundo estava são e salvo, mas assustou-se quando viu Truta inconsciente. Joca latia tristemente ao seu lado.

    Agradecidos por tudo o que Vagabundo tinha feito, Querida e Querido convidaram-no para ficar a viver com eles. Ele aceitou, para estar perto da Dama. Pouco tempo depois, havia em casa uma nova família: quatro belos cachorrinhos, três do sexo feminino e um do masculino. Joca e Truta foram convidados para passar o Natal com eles. Ao verem os cachorrinhos, ambos comentaram que as cachorrinhas eram tão bonitas como a mãe e que o cachorrinho era igualzinho ao pai. Todos concordaram que aquele era o Natal mais feliz das suas vidas.

 

Fim!

 

Grande Festival Disney

—————

Voltar